Trabalhadores vestuaristas terão reajuste salarial de 10,42%. Piso efetivo da categoria teve reajuste de 12,41%, um aumento real de quase 2%

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest) reuniu trabalhadores e trabalhadoras da categoria na noite de quarta-feira, 22 de setembro, em assembleia extraordinária, com o objetivo de discutir a proposta de reajuste salarial e renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

Iniciada no mês de julho, com a retirada de pauta e aprovação do rol de reivindicações, a Campanha Salarial 2021-2022 do Sintrivest chegou ao fim no mês da data-base da categoria, com a aprovação unânime dos trabalhadores presentes na assembleia. Desta forma, todos os trabalhadores e trabalhadoras contratados até 31 de agosto de 2021 e com salários acima do piso, receberão 10,42% de reajuste na folha de pagamento referente a setembro. O percentual de reposição salarial foi definido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses.

Receberam reajustes também o piso inicial da categoria, que de 1.287,00 passa a ser R$ 1.422,00; e o piso efetivo (após três meses de trabalho) passou de R$ 1.370,00 para R$ 1.540,00.

Os valores de Auxílio Creche e Auxílio Medicamentos que permaneceram congelados em 2020, passaram de R$ 73 e R$ 198,00 para R$ 85,00 e 205,00, respectivamente. Além disso, todas as 33 cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho foram renovadas.

Durante a assembleia, a presidente do Sintrivest, Marli Leandro e o tesoureiro do sindicato, José Gilson Cardoso, explicaram sobre as rodadas de negociações realizadas com o sindicato patronal e os pleitos apresentados pela categoria na busca por melhores condições de trabalho e salários. Gilson enfatizou a necessidade premente dos trabalhadores e trabalhadoras estarem unidos ao sindicato, a fim de tornar o órgão mais forte e representativo. “A participação de vocês no sindicato, nas assembleias, momento em que são chamados para a tomada de decisão, fará diferença nas negociações realizadas a cada ano”, ressaltou Gilson.

Os trabalhadores também puderam esclarecer dúvidas, expor opiniões e também sugestões durante o encontro. “É um momento importante para a categoria e sempre muito esperado, porque ter uma melhor remuneração significa ter mais qualidade de vida, então esta é também um pouco da nossa luta no movimento sindical. Claro que estamos em uma situação bem complicada no Brasil com relação à inflação, que disparou de um ano para cá. Comparando com o que negociamos no ano passado, há um crescimento inflacionário que não acompanha a questão dos salários. Alguns itens aumentam muito mais do que a inflação divulga, então a gente percebeu pelo depoimento dos trabalhadores que aqui estiveram, a situação delicada que muitos se encontram nesse momento. E isso acaba refletindo de forma geral na vida das pessoas, das famílias, porque faz parte do dia a dia delas o reajuste do alimento, da energia elétrica, do combustível, do gás de cozinha e a gente acaba perdendo poder de compra se não temos um aumento real no salário. Esse foi um pouco do debate que fizemos e da necessidade de avançarmos. Nos últimos anos viemos empatando, ou seja, sem avanços de ganho real. Porém, no Piso Efetivo tivemos aumento real de salário, com percentual de 12,41%, ou seja, 1,99% a mais que o INPC”, comentou Marli.

A presidente do Sintrivest disse ainda que as categorias, de forma geral, não têm conseguido avançar em novas cláusulas nos últimos anos, conseguindo a renovação do que já tem na Convenção coletiva e os reajustes na questão econômica, de salários e benefícios.

 

Trâmites

A partir da aprovação em assembleia, ambos os sindicatos, Sintrivest e patronal, assinarão a Convenção Coletiva de Trabalho, com os devidos percentuais de reajuste, ainda esta semana. Além disso, o Sintrivest encaminhará comunicado às empresas e contabilidades, informando sobre os reajustes e os novos valores acordados. “A Convenção Coletiva, a partir do momento em que é assinada pelos dois sindicatos, tem força de lei, ou seja, as empresas devem seguir o que ela determina. Os trabalhadores precisam estar atentos aos benefícios que têm e que constam na Convenção, que pode ser consultada no site do Sintrivest. E se, por ventura tiver alguma empresa que não esteja cumprindo a Convenção, o trabalhador pode procurar o sindicato, que nós faremos os contatos necessários, exigindo o cumprimento da Convenção”, complementou a presidente do Sintrivest.

 

 

Campanha Salarial 2021/2022: Sintrivest convoca trabalhadores e trabalhadoras para análise da proposta patronal

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest) convoca os trabalhadores e trabalhadoras da categoria, para assembleia extraordinária na próxima quarta-feira, 22 de setembro, a fim de dar sequência à Campanha Salarial 2021/2022 iniciada no mês de julho. O encontro será realizado em dois horários, às 9 horas e às 18 horas, na sede do sindicato, a fim de possibilitar a participação de um número maior de trabalhadores. Na pauta dos trabalhos está a proposta patronal de reajuste salarial e renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.

De acordo com a presidente do Sintrivest, Marli Leandro, esta semana foi realizada uma rodada de negociações com o sindicato patronal, que apresentou uma contraproposta ao Rol de Reivindicações apresentado pelos trabalhadores. “Agora, com esta contraproposta, estamos convocando os trabalhadores e trabalhadoras para uma assembleia, a fim de definir então pela aprovação ou não da proposta patronal. É uma assembleia bastante importante, onde renovamos a convenção atual, os benefícios e cláusulas, e também analisamos a proposta de reajuste de salário. Sabemos que os trabalhadores esperam esse momento do reajuste, onde se recompõe aquilo que se teve de perda nos últimos 12 meses. Por isso, é de fundamental importância a participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras”, ressalta.

 

Serviço

Campanha Salarial 2021/2022 Sintrivest

Assembleia Extraordinária

Dia 22 de setembro

Às 9 horas e às 18 horas

Sede do Sintrivest

Av. Arno Carlos Gracher, 323

47 3351-1373

 

 

Sintrivest sedia reunião do Departamento Têxtil e Vestuarista da Fetiesc

Encontro contou com palestra do analista Político do DIAP, André Luís dos Santos, além de análise e discussão sobre as negociações coletivas em todo o Estado e ações a serem realizadas

 

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest) sediou, na última sexta-feira, 10 de setembro, reunião do Departamento Têxtil e do Vestuário da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (FETIESC). Na oportunidade, representantes sindicais ligados ao setor se fizeram presentes, a fim de debater uma série de assuntos, entre eles as negociações coletivas de trabalho, análise da atual situação do setor, a vitória da não aprovação, por parte do Senado, da Medida Provisória (MP) 1.045/2021, considerada uma ‘minirreforma trabalhista’, além de uma palestra com o analista Político do DIAP e Especialista em Política e Representação Parlamentar, Andre Luís dos Santos.

O presidente do Departamento, Valmor de Paula, agradeceu ao Sintrivest por sediar a reunião e ressaltou que Brusque tem uma grande importância na área têxtil e do vestuário, para a economia da região. Atualmente o Departamento é formado por 21 sindicatos, sendo o ramo de atividade que possui o maior número de trabalhadores da Fetiesc hoje. “Para nós é uma satisfação muito grande estarmos aqui na cidade de Brusque, fazendo um debate a respeito das negociações coletivas de trabalho, que são de suma importância. Necessário registrar, que se não houvesse sindicato, desde 1994 quando se instituiu a livre negociação, os trabalhadores não teriam reajuste salarial, porque o governo só reajusta os salários dos aposentados e pensionistas. Nós estamos num momento de extrema dificuldade, tendo em vista a alta da inflação. É bom que se diga que estamos aí na casa dos 10% quase que geral, a inflação das categorias. Isso, para classe trabalhadora, é um desgaste e um sofrimento, porque vamos negociar na data-base aquilo que ele já deixou de ganhar. Então a inflação alta prejudica muito os trabalhadores. Mas temos que comemorar porque dentro do quadro da Fetiesc, temos uma deliberação de que os sindicatos não devem fechar negociações coletivas em percentual menor que a inflação. Entendemos que a inflação já é uma dívida e a nossa grande busca é pelo aumento real, para que possamos recuperar o poder de compra dos trabalhadores”, ressaltou.

Também em pauta, a rejeição da Medida Provisória 1.045, pelo Senado Federal, foi trazida à discussão. Originalmente a MP criou um novo programa de redução ou suspensão de salários e jornada de trabalho durante a pandemia de Covid-19, mas sofreu tantos acréscimos na Câmara dos Deputados que foi chamada de ‘minirreforma trabalhista’ por senadores. Foram 47 votos contrários, 27 votos favoráveis e uma abstenção, com isso, a matéria foi arquivada. “Lamentavelmente a Câmara Federal não escutou os trabalhadores, mas temos que parabenizar a Casa Alta, que é o Senado, que acabou rejeitando essa MP, que foi uma atitude de extrema coerência dos senadores. Entendemos que precarizar os direitos dos trabalhadores não gera empregos. A Reforma Trabalhista 13.467/2017 de Michel Temer, provou isso, nós temos quase 15 milhões de desempregados”, comentou Valmor de Paula.

 

Palestra híbrida

A reunião também foi marcada pela palestra do analista político Andre Luís dos Santos, que abordou o tema ‘O contexto político para o Movimento Sindical’. Realizada de forma híbrida, a palestra pode ser acompanhada tanto pelos representantes sindicais presentes, quanto por aqueles que estavam em outras cidades, de forma online.

De acordo com o presidente da Fetiesc, Idemar Antonio Martini, os aspectos trazidos por Santos são de suma importância para o entendimento da situação política e econômica pela qual o país passa. “Temos nossas articulações para fazer, precisamos ter consciência da situação que vive o trabalhador, porque ele está nessa situação e quem são os responsáveis por isso. E tendo estas respostas, poderemos buscar soluções para voltarmos a nos reencontrarmos em um patrimônio melhor, com melhores condições de trabalho. Com certeza reuniões como esta são sempre um encontro muito produtivo para entendermos o que acontece em cada região do Estado. O departamento é uma representação bastante grande em Santa Catarina e tem o compromisso de se unir, a fim de amenizarmos o sofrimento da classe trabalhadora”, ressaltou.

Para a presidente do Sintrivest, Marli Leandro, é uma grande satisfação para o Sintrivest poder sediar a reunião do Departamento Têxtil e do Vestuário, diante de tudo o que ele representa no Estado de Santa Catarina, visto que agrega um significativo número de trabalhadores e trabalhadoras. “É uma troca de experiências importante, um debate que faz parte da nossa rotina. A cada 40, 50 dias, fazemos uma análise das questões ligadas ao movimento sindical e aos direitos da classe trabalhadora. As ideias e opiniões que trocamos a respeito da situação do setor no Estado nos renovam com argumentos para as nossas próprias mesas de negociação local”, complementou.