Sintrivest participa do 8º Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras da NCST

Evento reuniu cerca de 60 lideranças esta semana em Itapema, e contou com o apoio da Fetramesc

A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, participou ao lado de dirigentes sindicais das mais diversas categorias e municípios catarinenses esta semana, do 8º Encontro Estadual de Mulheres Trabalhadoras da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), promovido no auditório da Fetiesc, em Itapema. O evento, que contou com o apoio da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Santa Catarina, proporcionou às participantes uma verdadeira imersão sobre os desafios da mulher na busca por mais direitos, igualdade, inserção na política e avanços nas mais diversas lutas travadas diariamente.

Oito temas foram explanados durante o evento, realizado na quarta e quinta-feira, 22 e 23 de março, por um time de lideranças femininas do estado e país.

No primeiro dia do evento, a diretora da Secretaria Nacional para Assuntos da mulher NCST e da CNTI, Sônia Maria Zerino da Silva, abordou como tema ‘A Participação da Mulher na Política e na Organização Sindical’, abrindo o debate com as dirigentes sindicais.  Kátia Cristina Rodrigues da Silva, diretora de Assuntos da Mulher e de Gêneros da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), falou sobre a ‘Mulher Sindicalista’, enaltecendo a importante atuação das mulheres enquanto lideranças em suas categorias. Já a médica Dra. Thaís Rodrigues Zanatta, trouxe o tema ‘A Saúde da Mulher’, este olhar atento que deve-se ter para os cuidados consigo própria, estando bem para permanecer atuante.

Na quinta-feira, a palestra de abertura foi com a deputada federal catarinense, Ana Paula Lima, que falou sobre ‘Políticas Públicas para Mulheres’. Ela contou sobre sua trajetória política, como se inseriu em um meio que sempre foi muito masculino e até mesmo negado às mulheres a participação. Ressaltou que as mulheres são hoje a maioria da população brasileira e que estão sub-representadas na política, ou seja, são apenas 17% no Congresso Nacional. “Não queremos ser mais nem menos, queremos igualdade”, ressaltou.

 Lutas e projetos

A deputada enfatizou ainda o número de crimes contra as mulheres, que tiveram uma crescente nos últimos anos, como os casos de violência doméstica e feminicídio. “Santa Catarina é o décimo estado da federação que mais mata mulheres. No ano passado, 56 mulheres perderam a vida no estado, vítimas de companheiros ou ex-companheiros”, frisou.

Em contrapartida, Ana Paula anunciou os projetos que estão sendo discutidos no atual governo e os benefícios às mulheres do estado e de todo o país. Entre as medidas, está o Projeto de Lei do Ministério do Trabalho e Emprego em parceria com o Ministério da Mulher e Casa Civil, para garantir o pagamento pelo empregador de salários iguais para homens e mulheres que exercem a mesma função. O projeto foi assinado pelo presidente Lula e encaminhado no início do mês de março para aprovação no Congresso Nacional.

Outro projeto aprovado este ano, citado pela deputada, amplia o direito da mulher de ter acompanhante nos atendimentos realizados em serviços de saúde públicos e privados, com ou sem necessidade de sedação.

“Ao longo da história, todas as conquistas das mulheres foram difíceis. A começar pelo voto, lá em 1938, até os dias de hoje. Temos que avançar muito mais. Queremos que as mulheres sejam tratadas com dignidade, onde elas forem. Por isso eu peço, não me deixem sozinha, quero levar para o Congresso as pautas das mulheres e dos trabalhadores”, afirmou.

Na sequência dos trabalhos, a advogada trabalhista, Dra. Albaneza Tonet, abordou a temática a ‘Importância Social do Trabalho Feminino’, inclusive exemplificando com alguns casos defendidos em sua carreira.

Como última proposta do Encontro, a terapeuta e assistente social Alessandra Bombassaro, promoveu uma vivência com as mulheres de reconexão com o ser e com a natureza, despertando sentimentos, emoções, conexão entre as mulheres e concluindo o ciclo na área e águas do mar de Itapema.

“Foi um evento importante, com a presença de grandes palestrantes, entre elas a deputada federal Ana Paula Lima, que nos trouxe informações acerca de projetos que estão tramitando no Congresso Nacional e que beneficiam políticas públicas para as mulheres, como também o compromisso dela com a luta em defesa das mulheres da classe trabalhadora. Tivemos um momento em que a deputada ouviu as nossas reivindicações e essa troca é sempre muito rica. De forma geral foi um encontro que nos trouxe muita informação, pois estivemos com mulheres vindas de várias partes do estado, o que reforça a importância dessa união do movimento sindical, das mulheres trabalhadoras em prol de garantir sempre mais qualidade de vida e dignidade para toda classe. É um evento que tem sua relevância e nós enquanto filiados da NCST estivemos presentes para prestigiar e dar a nossa contribuição”, avalia Marli.

Força e posição da mulher na sociedade são temas de evento promovido pelo Sintrivest

A tarde de sábado, 11 de março, foi uma data para enaltecer a força das mulheres na sociedade, durante o evento promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá – Sintrivest. O evento, alusivo ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, reuniu trabalhadoras associadas como também convidadas de sindicatos de outras categorias e da Nova Central Sindical.

O primeiro momento do encontro foi com a terapeuta e assistente social Alessandra Bombassaro, que trouxe como proposta, trabalhar a responsabilidade de amor da mulher, seu poder, sua posição na sociedade, o resgate da sua ancestralidade, a paz interior e a fortificação de sua essência. A vivência despertou emoção e alegria nas participantes, que formaram ao final, um grande círculo no auditório do Sintrivest, onde dançaram, se reconectaram e disseram palavras que representassem seu desejo para o mundo, como amor, respeito, união, sabedoria, igualdade, força, sororidade, coragem, perseverança, alegria, esperança e muitas outras.

Para a palestrante, é de extrema importância o sindicato promover eventos como este, que enaltecem a força do feminino como algo muito significativo dentro da sociedade. “A mulher hoje tem um poder de persuasão, um poder econômico, um poder também do trabalho, de posição política, muito fortes. E é necessário investir nisso para que ela possa se perceber pertencente a um lugar de extrema importância dentro da sociedade”, enfatiza Alessandra.

Já no segundo momento, o evento trabalhou a questão do autocuidado, da beleza exterior, com dicas de Alice Cadore, que fez uma transformação em uma das associadas do Sintrivest, com uma make casual. Elonir Sauressig Fernandes foi sorteada entre as participantes e teve sua beleza ainda mais realçada pelas mãos da profissional Alice. “Eu já estava achando o evento maravilhoso e depois de ser sorteada para a make, foi ainda mais incrível. É a primeira vez que participo de um evento do sindicato e a partir de hoje, não perderei mais nenhum”, conta Elonir entusiasmada.

 

Conhecimento e autocuidado

As associadas Beatriz Bertolini e Adriana de Souza Quaiato procuram participar de todos os eventos promovidos pelo Sintrivest, e contam que cada proposta é sempre uma boa surpresa.

“Eu achei o evento bem diferente, foi bem dinâmico e gostoso de participar. Além disso, é muito legal o sindicato reunir toda a mulherada”, diz Adriana.

“É um momento de aprender, mas também de conhecer mais pessoas e fazer novas amizades”, comenta Beatriz.

Jociele Falcão soube do evento pelo sindicato de sua categoria, o Sintiplasqui. Por meio de uma parceria com o Sintrivest, ela e algumas colegas de trabalho marcaram presença na tarde de sábado e ficaram muito contentes em participar. “Foi uma tarde de nos conhecermos um pouquinho mais, de fazer essa troca. Foi um evento muito válido e emocionante”, frisa.

Para a presidente do Sintrivest, Marli Leandro, promover o evento do Dia da Mulher é sempre muito desafiador, já que o objetivo é trazer algo que seja marcante para as associadas, além de reforçar as lutas e direitos das mulheres na sociedade.

“Mais um ano, mais uma etapa vencida e com sucesso, um evento muito bacana em que tivemos uma participação expressiva das mulheres. Preparamos tudo com muito carinho, porque consideramos que é de fundamental importância essa participação dos trabalhadores e trabalhadoras associados ao sindicato, nos eventos que realizamos. E este evento em especial, em reflexão ao Dia Internacional da Mulher, tem um significado bastante impactante por toda história de luta das mulheres, todos os fatos históricos que geraram o 8 de março. Entendemos que é sempre bom fazermos este debate com as mulheres trabalhadoras, para que possamos mobilizá-las também e definir outras pautas e trabalhos, a fim de levar as demandas das mulheres para a mesa de negociação”, ressalta.

O evento contou ainda com a presença da secretária da Nova Central Sindical e tesoureira da Fetramesc, Adriana Bombassaro Zanella; da presidente do Sindicato de Servidores de Rio Negrinho, Adriana Classar Ribas; da diretora do Sintrafite de Blumenau, Vivian Bertoldi; e da diretora do Sintricomb, Patricia Cestari.

 

Leite foi o vilão da cesta básica do brusquense no último mês

Produto apresentou alta de 13,60%, seguido do arroz e do feijão, que se mantiveram na lista dos que sofreram variação mensal alta

O preço do litro de leite pesou um pouco na mesa do trabalhador e da trabalhadora brusquense. É o que demonstra a Pesquisa da Cesta Básica, realizada pelo Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e com o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis (Sintrafite). Com variação mensal de 13,60%, o produto lidera a lista dos 13 alimentos que mais subiu no último mês, seguido do arroz (6,02%) e do feijão (4,93%), que já haviam apresentado alta no mês de janeiro.
Já o preço do quilo da batata e do tomate ficou 17,99% mais barato nas gôndolas dos supermercados da cidade. O pão vem na sequência, apresentando uma baixa de 9,34% no preço do quilo e o óleo de 3,20% no valor do litro.

No total, a cesta Básica no município apresentou um custo de R$ 608,36, uma redução de 2,69% se comparada ao mês de janeiro, quando o conjunto de itens básicos para consumo de uma pessoa adulta, resultou em R$ 625,20. Os R$ 608,36 representam 50,51% do valor do salário mínimo nacional líquido, que é de R$ 1.204,35.

“Tivemos uma queda no valor, porém, ainda é muito alto o custo dos alimentos na mesa do trabalhador. Brusque está na 14ª posição como cesta básica mais cara do Brasil, dentro das 18 cidades, sendo 17 delas capitais, onde o DIEESE realiza a pesquisa. Isso que estamos falando no valor de itens básicos para uma pessoa adulta, mas sabemos que não é só isso que o trabalhador tem de despesas. Temos a questão da moradia, da saúde, medicamentos, educação, enfim, para uma família, este valor se multiplica algumas vezes”, ressalta o diretor do Sintrafite, Joel Rodrigues dos Santos, que realiza a coleta dos preços mensalmente no município.

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 779,38), seguida de Florianópolis (R$ 746,95), do Rio de Janeiro (R$ 745,96) e de Porto Alegre (R$ 741,30). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 552,97), Salvador (R$ 596,88) e João Pessoa (R$ 600,10).

Com base na cesta mais cara, que, em fevereiro, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em fevereiro de 2023, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.547,58, ou 5,03 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.302,00. Em janeiro, o valor necessário era de R$ 6.641,58 e correspondeu a 5,10 vezes o piso mínimo.