Salário mínimo será de R$ 1.320 a partir de maio

O salário mínimo deve ser reajustado para R$ 1.320 a partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador, um aumento de 1,3% em relação aos atuais R$ 1.302. Sem uma política de valorização permanente desde 2019, o piso é negociado ano a ano entre Poder Executivo, Congresso Nacional e centrais sindicais durante a discussão do projeto de lei orçamentária. Mas quatro matérias em tramitação no Senado buscam definir critérios objetivos de correção, que preservem o poder aquisitivo do trabalhador.

O projeto mais recente (PL 1.231/2022) é do senador Paulo Paim (PT-RS). O texto define um valor base de R$ 1,3 mil para o salário mínimo em 2023, mais um fator de correção que seria aplicado ano a ano. De acordo com a proposta, neste ano os trabalhadores teriam direito a um aumento adicional correspondente ao dobro da variação real positiva do produto interno bruto (PIB) acumulada em 2022.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) projeta um crescimento de 3,1% no PIB de 2022. Com base nessa previsão, o valor do salário mínimo, de acordo com o projeto de Paulo Paim, seria de R$ 1.380,60 em 2023. O valor é 4,5% superior aos R$ 1.320 que serão pagos a partir de maio.

A proposta prevê outro critério de correção a partir de 2024. O piso seria reajustado pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor — INPC) dos últimos 12 meses mais o dobro do crescimento do PIB do ano anterior.

O projeto cria alguns anteparos para o caso de variação nula ou negativa dos fatores de correção. Se o INPC não crescer, por exemplo, o mínimo é corrigido apenas pelo dobro do PIB. Se, por outro lado, o país não crescer, o reajuste se dá apenas pela inflação. Caso não haja variação positiva nem do INPC nem do PIB, o trabalhador recebe pelo menos 1% de aumento em relação ao piso do ano anterior.

“É inegável o baixo valor atual do salário mínimo. O trabalhador brasileiro merece ter uma política de valorização definitiva, que seja uma política de Estado, não sujeita à vontade dos governantes”, argumenta Paim na justificativa do projeto. O texto ainda não foi distribuído para as comissões permanentes do Senado.

‘Capacidade de consumo’

O senador Irajá (PSD-TO) é autor do PL 2.618/2019, que aguarda designação de relator na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). De acordo com o projeto, o salário mínimo deve ser corrigido anualmente pelo INPC, a menos que o índice seja negativo.

Além da recomposição da inflação, o texto assegura um critério de aumento real que deve ser aplicado ao piso durante pelo menos dez anos. O trabalhador teria direito a um reajuste de pelo menos 6% ao ano ou à variação do PIB de dois anos antes — o que for maior. Após dez anos, o Poder Executivo pode alterar o critério de correção, desde que mantenha tanto a recomposição da inflação quanto o critério de aumento real.

“Ao mesmo tempo em que a concessão de reajustes acima da capacidade econômica das empresas pode acarretar danos ao país, a valorização insuficiente do salário mínimo também tem o potencial de ocasionar importante prejuízo à capacidade de consumo da população, o que, por sua vez, propicia reflexos substancialmente negativos às próprias empresas e à recuperação econômica nacional”, afirma Irajá.

‘Importância vital’

A terceira proposta é do senador Eduardo Braga (MDB-AM). O PL 3.137/2019 prevê uma política de valorização do salário mínimo com duração de quatro anos. De acordo com o texto, os trabalhadores teriam direito a uma correção equivalente à taxa de crescimento do PIB per capita de dois anos antes.

O PIB per capita é calculado pela divisão do valor nominal do PIB pelo número de habitantes do país. O índice mede quanto caberia a cada um dos brasileiros se todos recebessem partes iguais dos bens e serviços produzidos durante um ano. Em 2021, último dado disponível, o PIB per capita registrou alta de 3,9% em relação a 2020.

O projeto aguarda designação de relator na CAE. Para Braga, o texto propõe “um meio termo” que leva em conta “os diversos interesses e posições”. “O salário mínimo no Brasil tem uma importância vital como regulador do mercado de trabalho e da própria economia. Buscamos o estabelecimento de um índice cuja variação seja mais branda e, ao mesmo tempo, mais próxima dos reais ganhos de produtividade do trabalho, já que o aumento do PIB per capita passa a ser balizado pelo crescimento populacional”, explica o senador.

‘Momentos de crise’

O projeto mais antigo em tramitação no Senado (PL 605/2019) foi apresentado por seis parlamentares do PT: os senadores Humberto Costa (PE), Jaques Wagner (BA), Paulo Paim e Rogério Carvalho (SE), além de Paulo Rocha (PA) e Jean-Paul Prates (RN), que estão fora de exercício. Segundo os autores, o texto protege o trabalhador dos reveses na economia.

A proposta prevê a correção do piso pela variação anual do INPC. Além disso, durante quatro anos, os trabalhadores teriam direito a um reajuste equivalente ao crescimento do PIB de dois anos antes. O projeto assegura aumento real de pelo menos 1%, caso o país não registre incremento na economia.

“O projeto prevê um ganho real mínimo de 1% para o salário mínimo todos os anos, para que o trabalhador não deixe de ter aumento real em momentos de crise. Deve-se observar que, justamente nos momentos de crise, é necessário aumentar o salário para que haja um aumento da demanda agregada via consumo e a economia volte a crescer”, argumentam os autores na justificativa do projeto. A matéria aguarda relator na CAE.

Fonte: Agência Senado

Arroz e feijão ficaram mais caros na mesa do brusquense

Na pesquisa da Cesta Básica, alimentos apresentaram maior variação mensal no último mês

O preço do arroz e do feijão ficou mais caro na mesa dos trabalhadores brusquenses no último mês. É o que aponta a Pesquisa da Cesta Básica, realizada pelo Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e com o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis (Sintrafite).

O feijão foi o alimento que apresentou a maior variação mensal em janeiro, ficando 19,97% mais caro o preço por quilo. Depois dele, vem a batata, com variação de 14,55% e em terceiro lugar na lista dos produtos que ficaram mais caros, está o arroz, com variação mensal de 10,18%.

O custo dos 13 itens que compõem o conjunto de alimentos básicos, para uma pessoa adulta consumir durante o mês, ficou em R$ 625,20 em janeiro, uma queda de 1,71% comparado ao valor da cesta básica do mês de dezembro, que ficou R$ 636,10.

Na lista dos mocinhos, ou seja, dos alimentos que apresentaram queda no preço no último mês, estão a banana (-15,96%), o tomate (-12,18%), o açúcar (-4,40%) e o leite (-4,34%). O pão também apresentou queda de 4,22% e representa um valor significativo no total da cesta básica, que prevê um consumo de seis quilos por mês para uma pessoa adulta.

Conforme os dados da pesquisa, a cesta básica de janeiro representou o equivalente a 51,92% do Salário Mínimo Nacional Líquido, que atualmente é de R$ 1.204,25. O custo da Cesta Básica de Brusque ocupa a 13ª colocação, entre as 18 cidades brasileiras nas quais o Departamento realiza a pesquisa, lembrando que 17 delas são capitais.

De acordo com a presidente do Sintrivest e coordenadora do Fórum Sindical, Marli Leandro, é muito importante que a classe trabalhadora tenha essas informações, que saiba qual é o custo de uma cesta básica para si e para sua família. “Tendo esse número, o trabalhador vai fazer cálculos e comparar com o salário que recebe. Qual é a média salarial da nossa cidade e o percentual que uma pessoa gasta de alimentação básica? É uma conta que precisa ser feita, como também uma maior conscientização de todos sobre a valorização salarial”, complementa.

 

 

Sintrivest participa de reunião do Fórum Sindical que define luta por piso mínimo unificado de R$2.000,00 para todas as categorias em 2023

Aumento real de salários e cesta básica também estão entre as reivindicações que serão tratadas igualmente pelos sindicatos em suas negociações coletivas
O Sintrivest participou, por meio de sua presidente Marli Leandro e seu tesoureiro José Gilson Cardoso, da reunião do Fórum das Entidades Sindicais de Trabalhadores de Brusque e Região (Fórum Sindical), que definiu a luta por um piso mínimo unificado para as categorias representadas pelos sindicatos de trabalhadores integrantes do grupo, de R$ 2.000,00, neste ano de 2023.

O valor foi levantado durante a primeira reunião do Fórum, realizada na tarde de segunda-feira, 13 de fevereiro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque (Sintrafite).

Marli Leandro, que também é coordenadora do Fórum Sindical, explica que desde o ano passado o grupo tem realizado debates a respeito de trabalhar de forma unificada algumas reivindicações, em suas campanhas salariais. “Até porque vivemos neste município, na região, cujo custo de vida dos trabalhadores é o mesmo, então nada mais justo do que trabalharmos esta pauta específica da questão salarial. Nós elencamos três pontos para trabalharmos de forma conjunta, em especial este, do piso salarial de R$ 2.000,00 às categorias que hoje têm um piso inferior; além disso, vamos reivindicar o aumento real dos salários e uma cesta básica aos trabalhadores e trabalhadoras”, enfatiza.

Atualmente, cada categoria tem um piso salarial diferente no município de Brusque e região. Com uma pauta unificada, os dirigentes sindicais que compõem a base do Fórum Sindical, devem levar às rodadas de negociações, com os sindicatos patronais, as três reivindicações.

“Hoje, cada sindicato possui sua data base, que é aquele mês destinado à correção salarial e à discussão e revisão das condições de trabalho fixadas na Convenção Coletiva. Alguns sindicatos, coincide de ser no mesmo mês, de qualquer forma, nosso compromisso firmado na primeira reunião do ano, é o de apresentar estas reivindicações e lutar pela conquista delas aos trabalhadores de cada categoria”, reforça Marli.

Participação dos trabalhadores

A coordenadora do Fórum Sindical ressalta ainda, a importância da participação dos trabalhadores e trabalhadoras nas assembleias e debates promovidos pelos sindicatos, ao longo do ano, que dizem respeito às campanhas salariais. “É de fundamental importância a participação dos trabalhadores. São eles que aprovam, em assembleia, o percentual de reajuste, o aumento do piso, as cláusulas sociais, ou seja, tudo o que faz parte do rol de reivindicações, que levamos para a mesa de negociação com o sindicato patronal. E todos os sindicatos levam um rol bastante extenso, a cada ano. Infelizmente, em muitos momentos, pouco conseguimos negociar, além de uma reposição de INPC, inflação. E isso se dá também diante de uma pouca participação da classe trabalhadora. A força do sindicato é formada por todos os trabalhadores. Quanto mais pessoas buscando, lutando, participando e reivindicando, isso se refletirá na mesa de negociação. Então esperamos que os trabalhadores se conscientizem e entendam a importância de estar conosco na luta, neste ano de 2023”, complementa.

 

Diretoria do Sintrivest define eventos e ações para o primeiro semestre de 2023

Dentre os eventos está o Desfile das Costureiras, comemorativo aos 10 anos da ação em Brusque, que reúne profissionais da região

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest) reuniu-se na tarde de segunda-feira, 6 de fevereiro, para a definição dos eventos e ações que serão realizados no primeiro semestre de 2023. O encontro também contou com momento para análise do setor nos municípios de atuação do sindicato, Brusque, Guabiruba e Botuverá.

Dentre os eventos para este semestre, o primeiro está voltado às mulheres do setor, alusivo ao Dia Internacional da Mulher, que deve ser realizado no dia 11 de março. Já no mês de abril, o Sintrivest realiza, no dia 25, Assembleia de Prestação de Contas, um momento importante em que o sindicato reúne os associados e associadas para apresentar os investimentos e receitas do ano anterior. O mês de maio reserva dois eventos significativos: Integração com as mães vestuaristas, no dia 6 de maio; e o tradicional Desfile das Costureiras, no dia 26 de maio, ocasião em que serão celebrados os 10 anos desta ação no município de Brusque.

A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, ressalta que todos estes eventos fazem parte do calendário do sindicato há muitos anos e, desta forma, são muito esperados pelos associados e associadas. “Nosso intuito é realizar ações para aproximar, cada vez mais, os trabalhadores da categoria, do sindicato. Estes eventos têm este propósito, de trazer informação, de unir, de valorizar a categoria vestuarista, tão importante às cidades de Brusque e região. Todos os diretores foram unânimes quanto aos eventos neste primeiro semestre e já deixamos o convite aos nossos associados e associadas para prestigiarem”, enfatiza.