A importância dos atos em defesa da Democracia brasileira

No último dia 11 de agosto, diversas cidades em todos os estados do país registraram manifestações em favor da Democracia. Os manifestos apresentaram leituras de cartas em favor do Estado Democrático de Direito e também do processo eleitoral brasileiro.
Os atos se deram após diversos ataques do atual presidente da república, que há tempo tenta desqualificar o sistema eleitoral brasileiro bem como as urnas eletrônicas.

O movimento, contrário à tese infundada do atual presidente, mobilizou a população que por meio de cartas e abaixo-assinados, que ultrapassaram 1 milhão de assinaturas, se manifestaram em favor da Democracia brasileira. A “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” foi uma delas. O documento, idealizado por egressos da Faculdade de Direito da USP, é apartidário e recebeu ampla adesão. A carta defende o sistema eleitoral brasileiro que vem sendo questionado às vésperas da eleição presidencial, apesar do processo eletrônico de apuração servir de exemplo de segurança e confiabilidade para o mundo.

Assim, as manifestações uniram centenas de entidades e federações empresariais, sindicais, universidades, além de artistas, lideranças políticas e representantes da sociedade civil organizada de todo o país.

Em São Paulo, mais de dez mil pessoas estiveram reunidas na Avenida Paulista. Em Santa Catarina, manifestações também ocorreram em Florianópolis e Chapecó. As manifestações defenderam a Democracia, eleições livres, “ditadura nunca mais” e a saída do atual presidente da república. Na capital catarinense, os manifestos ocorreram na sede da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e contaram com a participação de diversas lideranças sindicais e também de representantes da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fetiesc). O presidente da Fetiesc Idemar Antonio Martini, e demais integrantes da Federação participaram do ato.

A união da população em favor da democracia, bem como a conscientização sobre a importância deste modelo de governo onde o povo exerce a soberania. Afinal, a democracia é um sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições periódicas e, no caso do Brasil, diretas.
Desta forma, a democracia é fundamental para a garantia dos direitos que estão previstos na Constituição Federal, em vigor desde 1988, considerada o pacto social constitutivo da nação brasileira.

Desta forma, o Sintrivest ressalta que é preciso estar atento e consciente sobre a importância do processo eleitoral que o país irá passar em outubro deste ano, bem como sobre o papel do voto de cada cidadão, que irá eleger governantes a nível Federal e Estadual em nosso país.

Escolher candidatos que defendam a democracia, bem como os direitos já conquistados pela nação e, principalmente os que buscam também a defesa dos direitos dos trabalhadores, são fundamentais para o futuro do país.

(*Fontes:

http://www.fetiesc.org.br/

https://www.brasildefato.com.br/2022/08/11/manifestacao-reune-dez-mil-pessoas-na-paulista-contra-ataques-de-bolsonaro-a-democracia

https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/noticia/2022/08/11/ato-em-defesa-da-democracia-e-do-sistema-eleitoral-reune-artistas-juristas-empresarios-professores-no-brasil.ghtml

https://www.istoedinheiro.com.br/carta-em-defesa-da-democracia-passa-de-1-milhao-de-assinaturas/

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2022-08/sp-ato-pela-democracia-reune-intelectuais-empresarios-e-politicos

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2022/08/11/santa-catarina-tem-atos-em-defesa-da-democracia.ghtml

https://www.nsctotal.com.br/noticias/fotos-atos-pela-democracia-se-espalham-em-cidades-de-todo-o-pais ).

Entidades lançam a 9ª edição do Desfile das Costureiras

Uma coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 12 de maio, no Bloco F, do Centro Universitário de Brusque (Unifebe), marcou o lançamento da 9ª edição do Desfile das Costureiras e Costureiros, que acontecerá no dia 27 de maio, às 19h, no teatro do Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESBr). Iniciativa do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest), o evento em 2022 conta com a parceria da Unifebe, Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sindivest), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Brusque), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/Brusque) e Associação das Micro e Pequenas Empresas de Brusque e Região (AmpeBr).
“O objetivo é homenagear as costureiras e costureiros pela passagem de seu dia, celebrado em 25 de maio. É quando eles terão a oportunidade de sair da máquina de costura e, pela primeira vez, viver a experiência de pisar em uma passarela, exibindo a peça que produzem. Com isso, também esperamos evidenciar uma profissão que é tão importante para a economia da nossa cidade e da região”, conta a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.
Realizado desde 2011, a última edição do Desfile das Costureiras e Costureiros ocorreu em 2019, por conta da pandemia. “Este momento é importante, porque se trata de um recomeço. Não havia possibilidade de realizar o evento mas, enquanto instituição de ensino, nós continuamos a lecionar e a gerar produção científica. A contribuição da Unifebe para com o projeto é técnica e nós abraçamos esta competência com orgulho. Por isso, o desfile traz na sua essência muito saber, tecnologia, inovação e tendência. A costura é uma das poucas atividades que a máquina ainda não substituiu. Isso porque ela exige do profissional percepção e empatia, somada à ciência, que vem pela contribuição da universidade”, destaca a reitora da Unifebe, Roserami Glatz.

Valorização profissional
Parceiro desde a terceira edição do evento, o Sindivest também comemora esta retomada. “É um momento disputado dentro das nossas empresas, porque muitas pessoas querem participar, embora o número seja limitado, por conta do espaço. Isso demonstra também a nossa preocupação em fazer com que os colaboradores se sintam valorizados, queridos e representados”, diz a presidente do Sindivest, Onésia Adriana Liotto.
A diretora da Ampe Brusque, Sandra Neli Werner, enaltece a iniciativa, que chama a atenção para um trabalho muito necessário às empresas. “Na nossa entidade, 90% dos associados são do ramo têxtil e o desfile traz esta visibilidade, força e reconhecimento da profissão dos costureiros e costureiras. Esta parceria que mantemos com o Sintrivest e com as demais entidades, consolida a cultura da nossa cidade e da nossa Associação”, pontua.

Desfile de looks
No Desfile, os modelos que irão subir na passarela serão os próprios trabalhadores e trabalhadoras do segmento da costura que, com dedicação e afinco, diariamente produzem peças que vestem milhares de pessoas em todo o país. Desta forma, os looks usados no desfile serão produzidos pelas próprias costureiras (os), por alunos das instituições de ensino envolvidas, ou cedidos por empresas parceiras.
A coordenadora do curso de Desing de Moda da Unifebe, Jô Rosa, explica que um dos propósitos do evento é mostrar mais do que as peças desenvolvidas, aplicando conceitos, tendências e pesquisas. “A coleção remete ao período de pós-pandemia. Nunca tivemos um inverno tão colorido como em 2022, com cores quentes e abertas como rosa, lilás e o vermelho. É a ressignificação da vida, dos momentos tristes e de isolamento social. Através do projeto, honramos os profissionais da costura, a nossa ancestralidade e a arte da confecção. Também permitimos que homens e mulheres vençam este desafio de ultrapassar o próprio limite da timidez ao pisar na passarela. Assim, trabalhamos a moda humanizada, que não tem padrão de corpo ou de medida. A moda traz felicidade quando tem esta liberdade”, afirma Jô.
O Senai já foi parceiro em edições anteriores do projeto e destaca que 140 alunos estão envolvidos na iniciativa em 2022. “Vamos apresentar seis looks, que são o resultado de um trabalho produzido por quatro turmas. Os desenhos já estão aprovados e, neste momento, as peças seguem em produção. Nos impressiona a parceria e postura dos alunos em cumprir o que foi solicitado, tomando como base o tema ‘Reviver’”, avalia o supervisor de Aprendizagem Industrial do Senai, Paulo Fernando Mazera.
Já o Senac faz a sua estreia no Desfile das Costureiras e Costureiros este ano. “Foi um grande passo já ter instituído o Dia da Costureira e agora integramos um projeto que nos enche de orgulho e nos permite valorizar nossos alunos e egressos nas turmas de Costura e Modelagem”, ressalta a diretora da instituição, Ana Heil Belli.

Sintrivest realiza Assembleias Ordinária e Extraordinária

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest) promoveu na quarta-feira, 27 de abril, dois importantes momentos para seus associados e trabalhadores da categoria. Na oportunidade, ocorreram na sede do sindicato a Assembleia Geral Ordinária e, em seguida, a Assembleia Geral Extraordinária.
O primeiro encontro, voltado para os associados da entidade, teve em pauta: a prestação de contas relativas ao Exercício de 2021 do sindicato; a aprovação a respeito da desfiliação do Sindicato da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e, consequentemente, a filiação na Nova Central Sindical (NCS).

Extraordinária
Após a Assembleia Ordinária, o sindicato realizou em seguida a sua Assembleia Geral Extraordinária. Ambas ocorreram no período da manhã e à noite.
Durante a segunda assembleia, foi tratado sobre a alteração da base territorial do Sintrivest, com ampliação da representação sindical para o município de Botuverá; e também a deliberação sobre a alteração estatutária por conta da mudança. “Salientamos que já havíamos encaminhado esta alteração há um tempo, mas por problemas de documentação foi necessário refazer todo o processo. O mesmo inclui Botuverá, que passa a ser representado pelo Sintrivest também, junto com Brusque e Guabiruba”, esclarece a presidente da entidade, Marli Leandro.
Para ela, ambos os encontros foram de suma importância para a classe trabalhadora, por conta dos temas abordados. “Por exemplo, a prestação de contas do ano anterior, sempre falamos que é um momento relevante para os associados, onde eles podem ficar por dentro da ‘saúde financeira’ e gestão do sindicato. De modo geral, todos os assuntos em pauta foram amplamente discutidos e explicados a todos os trabalhadores e trabalhadoras presentes e, da mesma forma, aprovados, tanto na Assembleia Ordinária como na Extraordinária”, comentou.

Nova assembleia
Sobre a extensão de base para Botuverá, também será realizada uma Assembleia no município, que acontece nesta terça-feira, 3 de maio, às 19h, na subsede do SINTRAFITE em Botuverá (rua João Moreli, nº 223 – centro). “Também iremos percorrer algumas empresas para conversar com os trabalhadores e fazer a explanação do tema, por conta da representação da base territorial para o município de Botuverá. Assim, reforçamos mais uma vez a importância desse momento e convidamos todos os trabalhadores da categoria a participarem”, enfatiza Marli.

Sintrivest realiza retrospectiva de 2021

Confira a avaliação da presidente, Marli Leandro, das principais ações e conquistas do sindicato

2021 chega ao fim e com ele a reflexão sobre o histórico de ações feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest). Apesar de ter sido um ano que ainda sofreu os impactos da pandemia da Covid-19, o Sintrivest manteve seu trabalho na luta em prol dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do segmento.
De acordo com a presidente da entidade, Marli Leandro, 2021 foi um ano em que o sindicato registrou uma grande quantidade de trabalhadores e trabalhadoras com seus contratos e suas jornadas de trabalho reduzidos, por conta da pandemia e da prorrogação da Medida Provisória nº 1.045, de abril, o que, consequentemente, impactou nos salários da classe. “Por outro lado, percebemos um crescimento da mão de obra, das vagas de emprego no nosso setor, o que foi muito positivo. Vimos que as empresas tiveram produção ao longo de todo o ano, algumas que inclusive não conseguiram preencher as vagas disponíveis para contratação, o que demonstra o aquecimento do setor e a procura pela mão de obra”, considera.

Campanha salarial
Neste sentido, uma conquista do sindicato foi a Campanha Salarial de 2021 e o reajuste de 10,42%, aprovado no mês de setembro, o que permitiu a reposição do índice de inflação. “Conseguimos repor o índice todo, nos pisos salariais, com um pouco de aumento real nos salários. Mesmo assim, o Sintrivest continua preocupado em relação aos trabalhadores, pois, de certa forma, esse valor acaba não acompanhando a realidade nacional, com o recente aumento de alguns insumos, como alimentação, energia elétrica, gás de cozinha, gasolina, entre outros, onde alguns desses itens chegaram a ter um reajuste de até 30% nos últimos 12 meses, impactando no dia a dia das famílias dos trabalhadores”, completa.

Diminuições em queda
Já em relação à rescisão de contratos, 2021 registrou um número menor comparado ao ano anterior, já que em 2020 muitas empresas demitiram trabalhadores por conta dos impactos da Covid-19. Assim, em 2020 foram 1.437 demissões e 677 pedidos de demissões. Já em 2021, foram 934 demissões, sendo 804 pedidos. Ou seja: em 2021 foram feitas 372 rescisões a menos que 2020. “Esses números refletem a realidade do mercado de trabalho, ou seja, como tivemos muita procura de mão de obra, houve menos demissões, no entanto houveram mais pedidos de demissões, já que os trabalhadores acabam migrando para outras empresas, principalmente se recebem uma proposta melhor de trabalho. E com certeza, termos um número menor de demissões, comparado ao ano anterior, é muito positivo também para o setor”, considera Marli.

Serviços e benefícios
Ao manter as medidas de distanciamento e os cuidados de prevenção contra a Covi-19, em 2021 o Sintrivest acabou não realizando algumas ações que já faziam parte do calendário de eventos da entidade, outras foram adaptadas e, algumas, inovadoras. “Tivemos poucas ações, com todos os cuidados e com menos pessoas, como o ‘Café com a Presidente’, a campanha do ‘Outubro Rosa’ e as assembleias. Os demais eventos foram adiados ainda por conta da pandemia, o que de certa forma também nos afastou um pouco dos nossos associados”, comenta.
Por outro lado, todos os benefícios e serviços oferecidos aos associados foram mantidos, inclusive alguns foram ampliados, como os serviços médicos (com as especialidades de oftalmologia e cardiologia), mantendo o que havia sido prometido na primeira assembleia do ano pela diretoria.
Além disso, outra importante conquista do sindicato em 2021 foi o aniversário de 39 anos de fundação, celebrado no mês de outubro. “Neste período, não houve um ano em que não fechássemos a Convenção Coletiva, ou seja, sempre garantimos o reajuste de salário para a classe trabalhadora. Então, sem sombra de dúvida, isso é um grande motivo de comemoração, já que ao longo desses anos o Sintrivest sempre buscou atuar por melhores condições, sempre negociando, realizando acordos e parcerias”, destaca Marli.

Nova gestão
Outro momento especial em 2021 para o Sintrivest foi a eleição da nova diretoria para a gestão 2022-2027; além de a presidente do sindicato ter sido escolhida para estar à frente da coordenação do Fórum Sindical. “Tivemos um grupo renovado na diretoria, com novas ideias, opiniões, e que irão somar muito nos próximos anos, junto a todo o trabalho que o sindicato já desenvolve. Por isso temos certeza que será um ano muito especial, com expectativas positivas, já que estamos em uma situação um pouco mais ‘normalizada’ em relação à pandemia, em especial com o avanço da vacinação. Da mesma forma, é um desafio ser coordenadora do Fórum, e ao mesmo tempo um grande privilégio, em estar representando todas as categorias de trabalhadores aqui de Brusque”, pontua Marli.
Assim, para 2022 as expectativas do sindicato são da retomada das reuniões presenciais, bem como do eventos e parcerias, como a realização do Desfile das Costureiras. “Também esperamos estar de forma mais efetiva e, presencialmente, conversando com os trabalhadores, levando as informações e orientações nos locais de trabalho, já que por conta da pandemia não conseguimos mais realizar. Ou seja, em 2022 queremos voltar a promover ações que já eram realizadas, como também termos novamente uma aproximação direta com os trabalhadores”, projeta.

Mensagem
Por fim, a presidente do Sintrivest deixa uma mensagem de Boas Festas a todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria. “Agradecemos a todos pelo carinho, pela confiança, por me permitir estar à frente da entidade por mais um mandato. Agradeço a todo o grupo que aceitou estar conosco, nesta nova diretoria, que tomará posse em março de 2022. Da mesma forma, desejo a todos os trabalhadores e trabalhadoras um Feliz Natal, repleto de paz e harmonia. Estamos em um momento muito difícil, em especial para a classe trabalhadora, e esperamos que no próximo ano seja diferente, que possamos evoluir em vários aspectos no nosso país, já que 2022 será um ano importante, de eleições. E que todos possam sempre contar conosco para o que for necessário. Feliz 2022 sempre na esperança de um ano e um mundo melhor para todos e todas”, finaliza.

‘A mulher nos dias atuais: conquistas e perspectivas” foi tema de evento às associadas do Sintrivest

Sindicato promoveu o debate na tarde de sábado, 7 de março, com palestra da presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Brusque

O Dia Internacional da Mulher comemorado em todo o mundo no último domingo, 8 de março, foi celebrado um dia antes pelas associadas ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região (Sintrivest), que promoveu, na tarde de sábado, 7, uma palestra com a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB de Brusque, Dra. Cristiana Melo Martiniuk Guérios. O evento contou ainda com a participação da vice-presidente da Subseção, Dra. Jordana Cristina Staack Ristow.

Durante quase duas horas de evento, Dra. Cristiana abordou o tema ‘A mulher nos dias atuais: conquistas e perspectivas’, momento em que falou sobre o movimento feminista, suas várias fases, quais foram as lutas, além de alertar sobre algumas posturas machistas, sexistas, misóginas e racistas presentes no dia a dia, as quais são reproduzidas automaticamente, sem as pessoas se darem conta disso.

A advogada enalteceu algumas das principais conquistas das mulheres na história mundial e fez uma análise sobre o atual momento em que vivem. Além disso, pode ouvir relatos das participantes sobre situações que enfrentam rotineiramente. Entre as conquistas, ela destacou o voto feminino em 1893 na Nova Zelândia, 1918 na Inglaterra, 1946 no Brasil e somente em 2011 na Arábia Saudita; a Lei do Divórcio no Brasil, em 1977; a oportunidade de mulheres participarem de disputas esportivas no país, direito conquistado em 1979; a Lei do Feminicídio em 2015; a criação da Lei Maria da Penha em 2006, dentre outras. Sobre esta última, Dra. Cristiana ressaltou às participantes a importância da criação desta lei, como também compartilhou a história de Maria da Penha, que até hoje atua para que as mulheres saibam de seus direitos e não tolerem mais nenhum tipo de violência. “A violência contra a mulher é produto da construção histórica, porque as nossas sociedades são fruto do patriarcado, de modo que o homem sempre impôs a sua vontade sobre a mulher e a tratou como propriedade. Entretanto, é necessário que saibamos que a violência cria diversos tipos de desequilíbrio, inclusive o econômico, porque impõe custos que o Estado deve arcar, como cárcere do agressor, concessão de benefícios previdenciários e hospitalização da vítima, sem contar os custos sociais, emocionais e psicológicos das partes envolvidas. Portanto, existe a necessidade de sermos agentes de mudança. Sem o movimento feminista nós não estaríamos aqui debatendo sobre tudo o que aconteceu e o que ainda é preciso acontecer”, enfatizou.

Ao final de sua explanação, a advogada deixou uma mensagem de otimismo às mulheres, destacando sua crença na equidade de gêneros. “Temos que ter a esperança vívida de que este mundo pode melhorar com pequenos atos. Depende de nós. Vamos parar de julgar as nossas mulheres e termos mais sororidade, pois a possibilidade de um mundo melhor está nas nossas mãos”, frisou.

A presidente do Sintrivest, Marli Leandro, também fez questão de deixar sua mensagem de otimismo às mulheres e engajá-las para a luta e união com suas colegas de trabalho, seus familiares… Segundo Marli, é extremamente necessário que as mulheres se amparem nos momentos difíceis, o que vem de encontro às palavras da Dra. Cristiana durante todo o evento. “A conquista de tudo o que temos hoje se deu por conta de muita luta, sempre foi assim e sempre será assim. Nada nos foi dado de graça. Nossa luta é permanente. Mesmo que tenhamos conquistado muito, ainda é necessária a nossa união, principalmente no atual momento em que vivemos, em que a violência é muito presente e temos altos índices de feminicídio. Então precisamos entender, para lutarmos contra isso”, enfatizou.

Conhecimento

A auxiliar de expedição Marceli Molmestet de Pinho e a estoquista Andréia de Pinho, que são mãe e filha, fizeram questão de participar do evento. Ambas são associadas do Sintrivest e sempre marcam presença nas assembleias promovidas pelo sindicato, como também nos demais eventos. Porém, este específico ao Dia Internacional da Mulher, recebe, a cada ano, uma atenção ainda maior das associadas. “O tema deste ano foi muito interessante e realmente nos fez refletir sobre nossos direitos e conquistas. Foi, sem dúvida, um momento também de aprendizado”, comentou Marceli.

“Foi uma palestra muito importante para conhecermos um pouco mais das lutas das mulheres no passado, suas conquistas e como é agora. Isso nos dá a oportunidade de analisarmos o quanto evoluímos e o que ainda precisamos evoluir”, analisou Andréia.

A costureira Raimunda Costa também participou do evento, e ficou atenta a todas as informações trazidas pela palestrante. “Aprendi e aprendo muito com todos os eventos que o Sintrivest realiza. E apesar de todos os dias serem o dia da mulher, o 8 de março é especial, porque somos realmente lembradas. E momentos como este são muito importantes para sabermos um pouco mais das histórias de luta das mulheres”, complementou.