O que a Guerra da Ucrânia tem a ver com a economia brasileira?

Iniciado em fevereiro deste ano, o conflito entre a Ucrânia e a Rússia tem sido noticiado diariamente. O combate entre os países e seus apoiadores não envolve o Brasil diretamente, entretanto tem causado impactos na economia brasileira e também em outros países, e, em especial, no bolso dos trabalhadores.
Isso porque a guerra tem influenciado diretamente na inflação mundial, em especial neste período de retomada pós pandemia.

Para o Brasil, um dos principais impactos tem sido o aumento na alta dos combustíveis, por conta do aumento do valor do barril do petróleo e também do gás natural. Consequentemente, os demais setores acabam sendo impactados também, como o segmento de alimentos, além do câmbio.
Um dos impactos é na alta no valor do trigo, já que tanto a Rússia como a Ucrânia são grandes produtoras mundiais. Assim, o pãozinho francês, por exemplo, acaba sofrendo impactos e tendo seu preço elevado.

De acordo com informações da Agência Brasil, a Rússia é o maior produtor mundial de fertilizantes, itens que também são afetados pelo petróleo mais caro. Atualmente, o Brasil compra 20% dos fertilizantes do mercado russo. O aumento do diesel também interfere indiretamente no preço da comida, ao ser repassado por meio de fretes mais caros.

Além disso, sanções contra a Rússia estabelecidas por conta da guerra também devem promover um aumento generalizado dos preços.
Desta forma a inflação do país, que já está elevada, acaba sendo impactada pelo conflito, bem como o aumento em diversos produtos consumidos diariamente pela população brasileira.

Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica do Brasil, sobre as perdas que têm ocorrido, bem como sobre a importância da atuação dos sindicatos, assim como também a participação dos trabalhadores junto a estas instituições, tanto nos momentos de negociação coletiva, como nas assembleias e demais ações.
Da mesma forma, o Sintrivest reforça em como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização sobre a valorização dos direitos dos trabalhadores e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fontes:
https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2022/03/18/entenda-como-a-guerra-entre-russia-e-ucrania-afeta-o-brasil-efeitos-economia-politica-bolsonaro.html

https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-02/guerra-entre-russia-e-ucrania-pode-impactar-inflacao-e-pib-no-brasil

https://jcconcursos.com.br/noticia/brasil/entenda-como-guerra-na-ucrania-pode-afetar-o-seu-bolso-92593

https://www.cnnbrasil.com.br/business/como-a-invasao-russa-a-ucrania-pode-afetar-a-economia-do-brasil/).

A volta da fome no Brasil

Mais de 33 milhões de brasileiros não têm o que comer no país. Aumento dos preços e impactos econômicos afetam a insegurança alimentar

Como forma de orientar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os impactos econômicos do que têm ocorrido no país, e como isso afeta diretamente no dia a dia da classe trabalhadora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) compartilha novamente algumas informações a respeito desses assuntos.
Uma pesquisa divulgada no mês de junho, pelo 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizada pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), revelou 33,1 milhões de pessoas passam fome no país. A falta de alimento na mesa dos brasileiros não havia sido registrada desta forma desde a década de 1990.

Insegurança alimentar
De acordo com dados da pesquisa, apenas quatro a cada dez famílias conseguem acesso pleno à alimentação. Além disso, mais 58% dos brasileiros convivem com a insegurança alimentar em algum grau, seja leve, moderado ou grave (fome), sendo mais de 125 milhões de pessoas em algum grau de insegurança alimentar.
Conforme os índices divulgados, são 14 milhões de novos brasileiros em situação de fome em pouco mais de um ano, já que a pesquisa feita em 2020 apontava que a fome no país tinha voltado para patamares equivalentes aos de 2004.
“A continuidade do desmonte de políticas públicas, a piora no cenário econômico, o acirramento das desigualdades sociais e o segundo ano da pandemia da Covid-19 tornaram o quadro desta segunda pesquisa ainda mais perverso”, destacam as informações da Rede.
Tudo isso aliado ao aumento da inflação, a falta de crescimento do país, a perda de renda dos trabalhadores, aumento do desemprego, e demais fatores.
“Em nenhum momento da história do Brasil, pelo menos que se tenha registro, o Brasil cresceu tão pouco. A consequência disso é o empobrecimento recorde da população, com tantas pessoas em situação de miséria e fome, com taxa de desemprego de cerca de 10% e uma pobreza generalizada. Curiosamente, ao mesmo tempo que se tem esse processo empobrecimento, que representa uma estagnação, uma recessão econômica, se tem uma inflação crescente, significativa. E os trabalhadores, que são a maioria da população, são os mais impactados”, comenta também o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), José Álvaro.

Retrocesso
De acordo com dados do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), os números divulgados pela pesquisa apontam um cenário de retrocesso. “Vimos cenas horripilantes, como a ‘fila dos ossos’, algo inaceitável para um país como o Brasil, que já foi referência no combate à fome. Devemos voltar nossa atenção para o fortalecimento das políticas públicas, com ações efetivas que garantam a segurança alimentar e nutricional da população”, destaca o presidente do Conselho (CFN), Élido Bonomo, que também lembra que desde 2010, o Direito Humano à Alimentação Adequada está previsto na Constituição Federal.

A pesquisa divulgada pela Rede Penssan foi realizada entre novembro de 2021 e abril de 2022, em 12.745 domicílios de 577 municípios, nos 26 estados e no Distrito Federal.

Conscientização
Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica, sobre as perdas que têm ocorrido, os impactos das mesmas e também sobre a importância da atuação dos sindicatos que os representam, em prol da preservação de seus direitos. Além disso, o Sintrivest reforça em como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização sobre a valorização dos direitos dos trabalhadores e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fontes:
https://pesquisassan.net.br/2o-inquerito-nacional-sobre-inseguranca-alimentar-no-contexto-da-pandemia-da-covid-19-no-brasil/

https://www.istoedinheiro.com.br/fome-atinge-33-milhoes-de-pessoas-no-pais-mesmo-numero-do-inicio-da-decada-de-90/

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2022/06/08/inseguranca-alimentar-33-milhoes-passam-fome-no-brasil-diz-pesquisa.htm

https://www.cfn.org.br/index.php/noticias/pesquisa-revela-que-a-fome-avanca-no-brasil-e-atinge-331-milhoes-de-pessoas/ ).

 

Trabalhadores vestuaristas aprovam rol de reivindicações para Campanha Salarial de 2022

Assembleia de Elaboração de Pauta do Sintrivest discutiu itens e contou com uma palestra sobre economia

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) realizou no sábado, 16 de julho, em sua sede, a Assembleia de Elaboração de Pauta, para a Campanha Salarial de 2022. Na oportunidade trabalhadores e trabalhadoras da categoria aprovaram o rol de reivindicações, que nos próximos dias serão encaminhados ao sindicato patronal, para início das negociações. “Foi um momento muito importante com a classe trabalhadora, tivemos uma aprovação positiva e esperamos desde já ter êxito nessa negociação para garantir um bom reajuste a todos aqueles e aquelas que produzem as riquezas e o lucro das empresas do setor vestuário da nossa região”, comentou a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.

Itens aprovados
Entre os itens aprovados pelos trabalhadores durante a assembleia está o reajuste baseado nas perdas acumuladas dos últimos 12 meses (valor que será calculado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – o INPC, que é um dos itens que também calcula a inflação), mais 5% de aumento real. O valor do reajuste pelo INPC ainda será definido, pois é necessário aguardar o fechamento do índice dos meses de julho e agosto.
Durante a assembleia os trabalhadores aprovaram também o valor do piso salarial inicial de R$ 1.900,00, entre outras cláusulas que agregam para o salário, como a cesta básica, a participação de lucros e resultados, e a questão de abono. “São itens importantes, que irão agregar em qualidade de vida para os trabalhadores e trabalhadoras”, comentou Marli.
Assim, o sindicato irá buscar os itens aprovados pelos trabalhadores, bem como garantir a renovação das demais cláusulas que já compõem a Convenção Coletiva de Trabalho. “Sempre solicitamos ao sindicato patronal que já no começo de agosto possamos dar início a essas reuniões para discutir sobre toda Convenção Coletiva, que tem a data base em 1º de setembro, para que até lá possamos ter tudo definido”, completou a presidente do Sintrivest.

Palestra
Além da assembleia também foi realizada uma palestra com o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), José Álvaro, a respeito de como se apura a Inflação e o INPC, bem como os impactos de ambos no dia a dia da classe trabalhadora.
De acordo com o especialista, o objetivo da palestra foi apresentar um panorama geral a respeito do assunto, esclarecer algumas dúvidas para que os trabalhadores possam compreender melhor a situação econômica do país. “A inflação é um dos principais problemas na economia, especialmente em países como o Brasil, que são subdesenvolvidos. Hoje o mundo vive uma situação de baixo crescimento e inflação alta. No Brasil não é diferente, onde chamamos esse fenômeno de ‘estagflação’, que é ter um índice inflacionário relativamente alto e uma economia estagnada ao mesmo tempo, já que desde 2016 a média do crescimento do nosso PIB tem sido muito baixa. Ou seja, em nenhum momento da história do Brasil, pelo menos que se tem registro, o país cresceu tão pouco”, comentou.
Com a alta da inflação e o crescimento do país de forma lenta, o técnico do DIEESE destacou o cenário de empobrecimento da população do país, sendo atualmente mais de 33 milhões de pessoas que passam fome e cerca de 120 milhões de pessoas vivendo em insegurança alimentar. “Também temos uma taxa de desemprego de aproximadamente 10% e uma pobreza generalizada. Curiosamente, ao mesmo tempo que se tem esse processo empobrecimento, que representa uma estagnação, uma recessão econômica, se tem uma inflação crescente, significativa. E os trabalhadores, que são a maioria da população, são os mais impactados com isso”, comentou.
Além disso, Álvaro também falou sobre como é feito o cálculo da inflação, o que nem sempre é uma informação clara para os trabalhadores. “O objetivo foi explicar, trazer informações às pessoas que têm essa sensação de que a inflação está mais alta, e está mesmo. Enquanto os preços em geral aumentaram 11% em 12 meses, alguns alimentos chegaram a aumentar 20% em determinadas regiões, ou até mais do que isso. Sem contar nos demais produtos, como os combustíveis, onde os preços dispararam”, completou.
Por fim, o técnico do DIEESE destacou o papel fundamental dos sindicatos na preservação dos direitos conquistados em prol dos trabalhadores, que dentro das circunstâncias têm buscado as melhores condições nas negociações em suas categorias. “Se não houvessem os sindicatos, a questão do empobrecimento seria muito mais drástica no país. Por isso reputo a importância do sindicato para defender os direitos dos trabalhadores, como a busca pelo acordo coletivo, que repasse pelo menos inflação e obtenha a preservação das demais cláusulas”, completou.

Ao final do evento, os associados participantes também concorreram a diversos sorteios de brindes. Além disso, foi servido um delicioso cachorro-quente, bem como realizada recreação para as crianças presentes, cujos pais estiveram na assembleia.

O aumento da inadimplência entre os brasileiros

De acordo com dados divulgados nesta semana pelo Serasa Experian, em maio deste ano o Brasil registrou o maior contingente de inadimplentes desde o começo da série histórica da pesquisa (iniciada em 2016): ao todo, 66,6 milhões de pessoas estão endividadas no país conforme o índice, o equivalente a 31% da população.
Comparado a 2021, houve um aumento de 4 milhões de CPFs negativados, os chamados de ‘nomes sujos’ que perdem o direito de fazer empréstimos além de outras restrições ao crédito.

Conforme a pesquisa, os bancos e os cartões, como o de crédito, lideram o ranking com o maior volume de dívidas negativadas: 28,2% do total. Em seguida aparecem as contas básicas como água, luz e gás, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.

Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, a alta de negativados não surpreende. “É um cenário esperado, uma vez que a situação econômica do país ainda é de muita instabilidade, com a inflação, taxa de juros e os níveis de desemprego em alta”, pontua.
Desta forma, com a perda do poder de compra e os impactos na renda dos brasileiros, os trabalhadores cada vez mais têm tido dificuldades para fechar o mês com as contas em dia e até mesmo em buscar créditos como alternativas, já que os mesmos têm apresentado altas nas taxas de juros.

Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica do Brasil, sobre as perdas que têm ocorrido, bem como sobre a importância da atuação dos sindicatos, assim como também a participação dos trabalhadores junto a estas instituições, tanto nos momentos de negociação coletiva, como nas assembleias e demais ações.
Da mesma forma, o Sintrivest reforça em como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização sobre a valorização dos direitos dos trabalhadores e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fontes:
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-soma-maior-serie-historica-inadimplentes-npre,70004113640

https://www.cut.org.br/noticias/inadimplencia-bate-recorde-e-atinge-66-6-milhoes-de-brasileiros-em-maio-43c9#:~:text=Na%20an%C3%A1lise%20por%20estado%2C%20S%C3%A3o,(3%2C5%20milh%C3%B5es)

https://www.jornalcruzeiro.com.br/geral/economia/2022/07/696920-brasil-soma-666-milhoes-de-inadimplentes-em-maio.html

https://br.noticias.yahoo.com/inadimpl%C3%AAncia-bate-recorde-com-66-194700001.html?guccounter=1&guce_referrer=aHR0cHM6Ly93d3cuZ29vZ2xlLmNvbS8&guce_referrer_sig=AQAAAAJqIw6IbH36S8AnHovfPH67uyz55NrXuHXoSD-nS6U1p8bZrGhIRgQijb_ZxJ4Ppj4GneYXsCs20-885NybQlckqr1WYWuAsx4C3gY7LWVLxSXt2baH-NWJPCaw_NN26QkHsUjCDu2yWZcjQpK81izhsZOMA_Ub1Tiz13IwmedQ ).

Sintrivest Brusque realiza assembleia de elaboração de pauta

Trabalhadores da categoria são convidados a participar do evento, que acontece dia 16 de julho

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras da categoria para participarem da Assembleia de Elaboração de pauta, para a Campanha Salarial de 2022. O evento acontece dia 16 de julho, sábado, às 14h, no auditório do Sintrivest.

Palestra
Além da assembleia também será realizada uma palestra com o técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), José Álvaro, a respeito de como se apura a Inflação e o INPC, bem como os impactos de ambos no dia a dia da classe trabalhadora.
“Sem dúvida é uma assembleia muito importante para a nossa categoria do vestuário. Por isso, convidamos todos os trabalhadores e trabalhadoras do setor, associados ou não, para que participem desse encontro, da elaboração da pauta, para a nossa campanha salarial. Da mesma forma, teremos a palestra, afinal, nesse momento em que vivemos é muito importante termos consciência dos impactos econômicos, como a inflação é calculada, como isso influencia nas famílias brasileiras, e o que é possível fazer para contribuir com a mudança desse cenário. Assim, esperamos contar com um número expressivo de trabalhadores da categoria”, comenta a presidente do Sintrivest, Marli Leandro.

Atrações
Na oportunidade haverá sorteio de brindes, entre eles uma TV 32 polegadas. O sorteio será somente para os associados e é obrigatória a apresentação da carteirinha.
Além disso, para os pais que não tiverem onde deixar seus filhos, e que desejam participar da assembleia, haverá um espaço de recreação para as crianças. Ao final do evento também será servido um delicioso cachorro-quente.

SERVIÇO
Assembleia de Elaboração de pauta Sintrivest
-Campanha Salarial de 2022
-Sábado, 16 de julho
-Às 14h
-No Auditório do Sintrivest
-Mais informações: (47) 3351-1373.

Cesta Básica X Salário Mínimo

Nos últimos tempos, ir ao supermercado tem sido um desafio. A alta nos preços em diversos produtos tem feito trabalhadores e trabalhadoras escolherem outras marcas; substituir os itens por outros mais em conta; diminuir as quantidades; e até, em alguns casos, deixar de comprar.
Os últimos aumentos em alguns produtos têm impactado diretamente na compra da cesta básica e, consequentemente no orçamento dos brasileiros, bem como na alimentação dos mesmos.
Como forma de orientar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os impactos econômicos do que têm ocorrido no país, e como isso afeta diretamente no dia a dia da classe trabalhadora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) compartilha novamente algumas informações a respeito desses assuntos.

Aumento nas capitais
Conforme a pesquisa mensal, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgada esta semana, no mês de junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove das 17 capitais onde a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada pelo Departamento.
De acordo com os dados, a comparação do valor da cesta entre junho de 2022 e o mesmo período no ano passado, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,34% (em Vitória) e 26,54% (em Recife).

Conta que não fecha
Assim, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário, com base na cesta mais cara (que no mês de junho foi a de São Paulo). O cálculo leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com: alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Ou seja: conforme a pesquisa, em junho de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.527,67, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em junho de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
Além disso, quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em junho de 2022, 59,68% do rendimento para adquirir os produtos da cesta. Em junho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual ficou em 54,79%.

Aumento
A pesquisa divulgada pelo DIEESE mostrou ainda que, no acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas elevações em 12 dos 13 produtos da cesta: batata (92,13%), café em pó (83,14%), tomate (75,44%), óleo de soja (32,83%), feijão carioquinha (30,27%), açúcar refinado (30,22%), leite integral (29,66%), farinha de trigo (28,51%), banana (25,87%), pão francês (19,87%), manteiga (19,21%) e carne bovina de primeira (6,99%). O arroz agulhinha acumulou taxa negativa (-6,53%).
A pesquisa foi realizada em diversas capitais do país, como Florianópolis, mas a realidade de aumento dos preços também tem sido sentida pelos trabalhadores nas cidades do interior, de todo o país.

Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica, sobre as perdas que têm ocorrido, bem como sobre a importância da atuação dos sindicatos. “É necessário destacar também o quanto é fundamental a participação dos trabalhadores junto aos seus sindicatos, tanto nos momentos de negociação coletiva, como nas assembleias e demais ações. Ou seja: a participação dos trabalhadores na luta diária junto às instituições sindicais que os representam, em prol da preservação de seus direitos”, comenta a presidente, Marli Leandro.
Da mesma forma, o Sintrivest também reforça em como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização sobre a valorização dos direitos dos trabalhadores e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fonte:
https://www.dieese.org.br/analisecestabasica/2022/202206cestabasica.pdf ).

O peso da inflação no bolso dos trabalhadores

Você sabe o que é Inflação? Como ela é calculada? E de que forma ela impacta no seu bolso?
Como forma de orientar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os impactos econômicos do que têm ocorrido no país, como a perda de renda, inflação, entre outros, e como isso afeta diretamente no dia a dia da classe trabalhadora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) compartilha novamente algumas informações a respeito desses assuntos.

Inflação
De acordo com informações do Banco Central do Brasil, inflação é considerada o aumento dos preços de produtos, bens e serviços que implica na diminuição do poder de compra da moeda.
O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, calcula a inflação do país pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
O propósito de ambos é medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro.

Valores
O valor do IPCA em maio foi de 0,47%. O valor acumulado do índice nos últimos 12 meses chegou a 11, 73% (até maio de 2022). Já o INPC de maio ficou em 0,45%, sendo que o acumulado dos últimos 12 meses chegou a 11,90%. Os dados foram os últimos divulgados em 9 de junho pelo IBGE.

Impactos
Além disso, segundo informações do Banco Central, a alta da inflação no país provoca incertezas na economia, desestimulando o investimento e, assim, prejudicando o crescimento econômico.
Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia. As pessoas e firmas perdem noção dos preços relativos e, assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro. A inflação afeta particularmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da inflação.

Poder de compra
Outra orientação do IBGE é em relação a variação dos salários, de um ano para o outro. Ou seja: se o salário do trabalhador for menor do que o IPCA, ele perde seu poder de compra, pois os preços sobem mais do que a sua renda. Se a inflação e o salário dele têm a mesma variação, o poder de compra dele se mantém. Entretanto, se ele receber um aumento acima do IPCA, seu poder de compra aumentará.
Entretanto, desde 2020 a população tem sofrido com os impactos da pandemia na economia. Dessa forma, a inflação tem aumentado no país, ultrapassado os índices de 10%. Desta forma, a queda no poder de compra dos trabalhadores tem sido afetada diretamente, principalmente por conta do aumento dos valores dos produtos da cesta básica, como carne, café, óleo tomate, entre outros, sem contar do gás de cozinha. Outro produto que tem tido um grande aumento foram os combustíveis, impactados, assim como outros insumos, também pela guerra entre Ucrânia e Rússia.

Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica, sobre as perdas que têm ocorrido, sobre a importância da atuação dos sindicatos na preservação de seus direitos e como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fontes:
https://www.bcb.gov.br/controleinflacao/oqueinflacao
https://www.ibge.gov.br/explica/inflacao.php
https://www.dieese.org.br/boletimespecial/2022/1deMaio.html
https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/06/27/com-inflacao-acumulada-em-12percent-presidente-do-bc-diz-em-portugal-que-pior-momento-ja-passou.ghtml
https://www.remessaonline.com.br/blog/inpc-acumulado )

A perda de renda e os impactos na vida do trabalhador

Como forma de orientar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os impactos econômicos do que têm ocorrido no país, como a perda de renda, inflação, entre outros, e como isso afeta diretamente no dia a dia da classe trabalhadora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) compartilha algumas informações a respeito.

Neste mês de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados a respeito da perda de renda da população. De acordo com a pesquisa, o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% em 2021: passando de R$ 1.454 em 2020 para R$ 1.353 no ano passado. O número foi considerado o menor valor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Além disso, a pesquisa apresentada mostrou que a queda na renda foi maior entre as pessoas com menor rendimento. Ou seja, em 2021, o 1% da população brasileira com renda mais alta teve rendimento 38,4 vezes maior que a média dos 50% com as menores remunerações.

Outro dado apontado pela pesquisa do IBGE foi em relação ao aumento da desigualdade em 2021, medido pelo chamado “Índice de Gini”, que retomou o patamar de dois anos antes, em: 0,544. Quanto maior o Gini, maior a desigualdade. Em 2020 e 2019, o índice era de 0,524 e 0,544, respectivamente. Todas as regiões do país apresentaram piora nesse número entre 2020 e 2021.

Da mesma forma, em abril deste ano também foi divulgada uma pesquisa que apontou que a renda média dos brasileiros, no último trimestre de 2021, foi de R$ 1.378 em regiões metropolitanas. Este também foi o menor valor da série histórica do boletim Desigualdade nas Metrópoles, iniciada também em 2012, mesmo com aumento da população ocupada.
Os dados foram divulgados pela PUC-RS, em parceria com o Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE.

Segundo a pesquisa, a perda da renda é resultado do impacto da inflação. Em março, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,95%, a maior subida para um mês de março desde 2015. O preço dos alimentos foi o que mais pesou.

Desta forma é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica, sobre as perdas que têm ocorrido, sobre a importância da atuação dos sindicatos na preservação de seus direitos e como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.

(*Fontes:
https://www.cnnbrasil.com.br/business/renda-domiciliar-por-pessoa-cai-69-em-2021-ao-menor-nivel-em-10-anos-diz-ibge/

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/06/5-mais-pobres-perdem-quase-34-da-renda-no-brasil.shtml

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/04/07/renda-media-cai-a-r-1378-e-atinge-minima-historica-diz-pesquisa.htm ).