Como forma de orientar os trabalhadores e trabalhadoras sobre os impactos econômicos do que têm ocorrido no país, como a perda de renda, inflação, entre outros, e como isso afeta diretamente no dia a dia da classe trabalhadora, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Sintrivest) compartilha algumas informações a respeito.
Neste mês de junho, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados a respeito da perda de renda da população. De acordo com a pesquisa, o rendimento médio mensal domiciliar por pessoa caiu 6,9% em 2021: passando de R$ 1.454 em 2020 para R$ 1.353 no ano passado. O número foi considerado o menor valor da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Além disso, a pesquisa apresentada mostrou que a queda na renda foi maior entre as pessoas com menor rendimento. Ou seja, em 2021, o 1% da população brasileira com renda mais alta teve rendimento 38,4 vezes maior que a média dos 50% com as menores remunerações.
Outro dado apontado pela pesquisa do IBGE foi em relação ao aumento da desigualdade em 2021, medido pelo chamado “Índice de Gini”, que retomou o patamar de dois anos antes, em: 0,544. Quanto maior o Gini, maior a desigualdade. Em 2020 e 2019, o índice era de 0,524 e 0,544, respectivamente. Todas as regiões do país apresentaram piora nesse número entre 2020 e 2021.
Da mesma forma, em abril deste ano também foi divulgada uma pesquisa que apontou que a renda média dos brasileiros, no último trimestre de 2021, foi de R$ 1.378 em regiões metropolitanas. Este também foi o menor valor da série histórica do boletim Desigualdade nas Metrópoles, iniciada também em 2012, mesmo com aumento da população ocupada.
Os dados foram divulgados pela PUC-RS, em parceria com o Observatório das Metrópoles e da Rede de Observatórios da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), a partir dos dados da PNAD Contínua trimestral, do IBGE.
Segundo a pesquisa, a perda da renda é resultado do impacto da inflação. Em março, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,95%, a maior subida para um mês de março desde 2015. O preço dos alimentos foi o que mais pesou.
Desta forma é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica, sobre as perdas que têm ocorrido, sobre a importância da atuação dos sindicatos na preservação de seus direitos e como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/06/5-mais-pobres-perdem-quase-34-da-renda-no-brasil.shtml