De acordo com dados divulgados nesta semana pelo Serasa Experian, em maio deste ano o Brasil registrou o maior contingente de inadimplentes desde o começo da série histórica da pesquisa (iniciada em 2016): ao todo, 66,6 milhões de pessoas estão endividadas no país conforme o índice, o equivalente a 31% da população.
Comparado a 2021, houve um aumento de 4 milhões de CPFs negativados, os chamados de ‘nomes sujos’ que perdem o direito de fazer empréstimos além de outras restrições ao crédito.
Conforme a pesquisa, os bancos e os cartões, como o de crédito, lideram o ranking com o maior volume de dívidas negativadas: 28,2% do total. Em seguida aparecem as contas básicas como água, luz e gás, com 22,7%. Em terceiro lugar ficam os setores de varejo e financeiras, com 12,5% cada um.
Para Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, a alta de negativados não surpreende. “É um cenário esperado, uma vez que a situação econômica do país ainda é de muita instabilidade, com a inflação, taxa de juros e os níveis de desemprego em alta”, pontua.
Desta forma, com a perda do poder de compra e os impactos na renda dos brasileiros, os trabalhadores cada vez mais têm tido dificuldades para fechar o mês com as contas em dia e até mesmo em buscar créditos como alternativas, já que os mesmos têm apresentado altas nas taxas de juros.
Mais uma vez o Sintrivest reforça que é necessário que o trabalhador entenda e se conscientize sobre a atual situação econômica do Brasil, sobre as perdas que têm ocorrido, bem como sobre a importância da atuação dos sindicatos, assim como também a participação dos trabalhadores junto a estas instituições, tanto nos momentos de negociação coletiva, como nas assembleias e demais ações.
Da mesma forma, o Sintrivest reforça em como é possível mudar essa realidade, por meio da conscientização sobre a valorização dos direitos dos trabalhadores e do processo eleitoral que ocorrerá em outubro deste ano.