Presidente da Fetiesc se reúne com sindicatos de Brusque

23/03/2018

O presidente da Fetiesc – Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina, Idemar Antônio Martini e o assessor de Formação da entidade, Sabino Bussanello, estiveram em Brusque na manhã de sexta-feira, 23 de março, oportunidade em que se reuniram com representantes dos quatro sindicatos brusquenses, filiados à Federação: Sintrivest, Sintrafite, Sintriplasqui e Sindmestre.

Durante o encontro realizado no auditório do Sindmestre, foi oportunizado um debate entre os presentes, sobre a atual situação do movimento sindical e os impactos provocados pela reforma trabalhista. De acordo com Martini, o objetivo é ouvir as preocupações dos dirigentes sindicais e levantar um diagnóstico das dificuldades enfrentadas em cada município em que a Fetiesc possui afiliados, para posteriormente, traçar um plano de ação.

“Estamos há duas semanas percorrendo o estado. A Federação é composta por 45 sindicatos de trabalhadores e estamos ouvindo todos eles, para saber como estão agindo diante da nova lei e quais as suas expectativas, assim como nós, também estamos manifestando nosso posicionamento jurídico-político das ações relacionadas ao assunto. Estamos fazendo um apanhado geral, para nos dias 3 e 4 de maio, na sede da Fetiesc, apresentar os resultados dessas conversas e desenvolver um programa de ações que deverá ser desenvolvido junto aos sindicatos e à classe trabalhadora de Santa Catarina, de forma unificada”, descreveu Martini.

Preocupação

O presidente da Fetiesc destacou que a reforma foi feita às pressas e sem debate com a sociedade. “Precisamos analisar as consequências da reforma e mostrar para a população o que ela precisa saber. O que tem gerado muitas discussões nas últimas semanas, é a questão da Contribuição Sindical, como se fosse a única mudança da Reforma Trabalhista. Se ouve todos os dias na mídia, que a contribuição sindical acabou, mas isso não é verdade. O imposto não acabou e vale observar, que ele não é destinado apenas aos sindicatos. A Federação, a Confederação e o Governo Federal também são beneficiados, inclusive, a quarta maior receita do Governo Federal advém da contribuição sindical. Então temos muitos pontos a esclarecer e diante dessa realidade, queremos dizer que, nós trabalhadores, continuamos amando esse país, e queremos que haja uma distribuição de renda que nos permita viver com dignidade. Mas parece que quem comanda esse país, não quer isso, completou Martini, considerando ainda, que o objetivo da Fetiesc é avaliar as perdas e ganhos dos sindicatos e da classe trabalhadora nos últimos anos, se existe saída para as dificuldades e quais são essas saídas.

Para a presidente do Sintrivest, Marli Leandro, a iniciativa da Federação em percorrer o Estado para debater com os sindicatos, é fundamental. “Há uma grande preocupação, porque a reforma trabalhista alterou mais de 100 artigos da CLT e ainda não conseguimos sentir de forma efetiva, os impactos dela. Mas com certeza, eles virão e temos que estar unidos para pensar estratégias e fazer com que afetem o mínimo possível, o dia a dia dos trabalhadores. A impressão que temos é que estão todos anestesiados ainda, acreditando que não serão afetados. Mas a classe empresarial já está colocando em prática algumas alterações que a reforma trabalhista trouxe, e a classe trabalhadora precisa estar atenta. Por isso, nós sindicatos temos o papel de alertar, orientar e debater sobre esse assunto”, considera Marli.