Encontro promovido pelo Sintrivest homenageou nove costureiras e trouxe ao debate diversos assuntos de interesse da classe trabalhadora
A tarde de terça-feira, 25 de maio, ficou marcada pela realização do 1º Bate-Papo com a Presidente. Na oportunidade, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), Marli Leandro, recebeu nove costureiras associadas, a fim de homenageá-las pela passagem do seu dia e também para debater diversos assuntos de interesse da classe trabalhadora. “A data 25 de maio celebra o Dia da Costureira e de forma simbólica o sindicato reuniu, através de sorteio, nove de nossas associadas, para este bate-papo, momento que queremos repetir a cada mês, oportunizando a participação de nossos associados e associadas”, explica Marli.
Durante o encontro, a presidente do Sintrivest enalteceu a importância das costureiras e costureiros para o mundo, para o mercado da moda, e relembrou a iniciativa do sindicato na realização do Desfile das Costureiras, cuja primeira edição aconteceu em maio de 2010. No ano passado e também agora em 2021, em razão da pandemia da Covid-19, o evento não pode ser realizado. “Para o nosso setor o Dia da Costureira e do Costureiro é uma data muito especial, que gostamos de reverenciar diante da importância que esses profissionais têm para toda nossa cidade e região. Não poderíamos deixar esta data passar em branco, então, de forma simbólica, comemoramos o dia de hoje com algumas costureiras e externamos nossos parabéns a todos os profissionais”, frisou.
Entre os assuntos abordados no Bate-Papo estiveram a pandemia da Covid-19, as dificuldades enfrentadas pelas trabalhadoras, a suspensão ou redução da jornada de trabalho em 2020, a retomada da produção e as expectativas das profissionais quanto à profissão.
As participantes também compartilharam suas histórias de vida e de trabalho, o que as motivou a ingressar na profissão de costureira e os maiores desafios. A questão da baixa valorização e reconhecimento profissional foram pontos trazidos por unanimidade entre as participantes. Apesar disso, elas permanecem firmes no caminho que decidiram traçar e levam o tema como uma luta constante.
Adriana de Souza Quaiato é costureira há 30 anos e contou com orgulho que aprendeu a profissão com a mãe, que por sua vez aprendeu com sua avó. Três décadas junto à máquina de costura teceram histórias de muita luta na vida da costureira, que no ano passado conseguiu se aposentar. Hoje, ela ainda costura com a mãe, e acredita que costurar é uma forma de arte.
Sinéia Molmestet é costureira há 26 anos. Natural de Vidal Ramos, ela cresceu na lavoura de fumo, atividade principal de seus pais, que depois de muitos anos nessa luta, se mudaram para Brusque. Na mudança, Sinéia veio junto e aprendeu a costurar em uma facção perto de sua casa, onde atuou por três anos. Depois disso, foi contratada pela empresa na qual trabalha até hoje, há mais de 20 anos. “Eu gosto de costurar, é a minha profissão e me sinto muito bem e feliz pelo meu trabalho”, comentou.
O encontro serviu ainda para demonstrar a esperança de todas as trabalhadoras associadas, por dias melhores, com mais saúde e mais valorização da profissão. “Foi um momento de muita satisfação para nós, em que conversamos, trocamos ideias e refletimos sobre a profissão. As costureiras e costureiros são muito importantes para o mundo e queremos que os profissionais se valorizem e tenham orgulho de seu trabalho”, complementa a presidente do Sintrivest.