Retrospectiva 2019: Presidente do Sintrivest fala sobre os principais fatos que marcaram a trajetória do sindicato

O ano de 2019 chegou ao fim, mas deixou uma série de eventos e acontecimentos que marcaram a história do Brasil e, sem dúvida alguma, de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Da mesma forma, impactou em muitas ocasiões, ao longo dos meses, a trajetória do próprio Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Região – Sintrivest Brusque, conforme análise da presidente Marli Leandro. Confira:

 

Subsede Guabiruba

No mês de fevereiro, a inauguração da nova Subsede do Sintrivest em Guabiruba, através de uma parceria com o Sindmestre, marcou o início do ano de 2019 do sindicato. A conquista dos trabalhadores e trabalhadoras foi amplamente discutida ainda no ano de 2018, diante da necessidade dos associados e associadas da cidade vizinha a Brusque. “Já no ano passado conversamos em assembleia com nossos associados, sobre algumas mudanças que implementaríamos em 2019. E no dia 15 de fevereiro inauguramos a Subsede de Guabiruba, dando início aos atendimentos na área médica e odontológica. Conseguimos manter ao longo do ano os atendimentos e nossa expectativa é ampliá-los em 2020”, revela Marli.

 

Ampliação dos serviços na sede do Sindicato

Também a sede do Sintrivest em Brusque teve sua gama de serviços ampliada, com a parte de atendimentos em especialidades odontológicas. “Findamos este ano com muitos atendimentos realizados aqui em nossa sede, com o objetivo de dar continuidade. Quem sabe para 2020 consigamos ampliar atendimentos na área médica também, tanto na sede, quanto na Subsede”, comenta a presidente.

Além disso, vale destacar que o sindicato manteve e realizou diversos convênios com clínicas médicas, escolas, profissionais de variadas áreas, em benefício dos associados e associadas.

 

Dependentes secundários

Outro fator interessante no ano de 2019 enfatizado pela presidente Marli Leandro, foi a oportunidade de estender alguns benefícios do sindicato aos familiares, através da filiação dos dependentes secundários ao Sintrivest. “Foi uma novidade que implementamos no início do ano e estamos tendo uma participação e procura importantes. Sabemos que quanto mais serviços tivermos para oferecer aos associados e seus familiares, é mais garantia de qualidade de vida que eles terão”, complementa Marli.

 

Empregos X Rescisões 2019

Com relação aos dados sobre desempregos na área do vestuário, a presidente revela que o número de rescisões no ano de 2019 se manteve na média dos últimos anos. “É uma preocupação bastante grande a questão do desemprego, que bate à porta de milhares de famílias brasileiras, mas nossa região ainda é um lugar que tem um nível melhor de empregabilidade. Tanto que o ano de 2019, para o nosso setor, não foi ruim neste sentido. Se fizermos uma comparação das rescisões de contrato que passaram pelo sindicato este ano com o ano de 2018, os números se mantiveram, não houve aumento. Isto para nós é positivo, percebemos que sempre há vagas abertas no setor, principalmente na função de costureiras. Isso é sinal de que as empresas conseguiram manter seu quadro de funcionários. Finalizamos 2019 inclusive com a notícia de que uma nova empresa que vai se instalar no município em janeiro, e que deverá contratar diversos profissionais”, enfatiza a presidente do Sintrivest.

 

Reforma da Previdência

Outro assunto amplamente discutido neste ano de 2019 foi o projeto de Reforma da Previdência, aprovado no mês de outubro. Desde que a proposta foi entregue para análise da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o Sintrivest foi bastante enfático em seu posicionamento contrário à proposta. “Nós sempre nos colocamos contra a Reforma da Previdência da forma como ela foi apresentada, porque ela prejudica e mexe nos salários da aposentadoria da classe menos favorecida. Sempre falo que o povo brasileiro não começou a sentir ainda os reflexos de tudo o que vai acontecer, diante das aprovações da Reforma Trabalhista, de algumas PECs (Proposta de Emenda Constitucional) que foram apresentadas e agora da Reforma da Previdência. Vamos começar a sentir essas mudanças daqui há alguns anos. A nossa avaliação, enquanto sindicato, é de que essas aprovações foram muito ruins, pois teremos uma população idosa, sem renda, pobre; teremos pessoas que não vão conseguir mais se aposentar, pois não conseguirão atingir o tempo de contribuição. Ou seja, os reflexos da Reforma da Previdência, não tenho dúvidas, de que serão muito maléficos para toda população, principalmente a classe trabalhadora, que são as pessoas que produzem as riquezas do nosso país”, analisa.

 

Trajetória Sintrivest

O Sintrivest completou em 2019 seus 37 anos de história. Um marco em sua trajetória de luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. “É uma história bem longa de luta, de resistência, de resiliência. Uma história bonita de vitórias, de algumas derrotas, e de conquistas de uma classe que é de fundamental importância para nossa região. São 37 anos que viemos nessa luta, sempre em busca de melhoria da qualidade de vida, em defesa dos direitos, na luta por melhores salários. Foram muitas dificuldades enfrentadas neste período, mas continuamos firmes, com essa esperança renovada a cada ano”, comenta.

Segundo Marli, o Sintrivest tem um papel muito importante na sociedade, na vida dos trabalhadores e trabalhadoras. “Eu tenho muita clareza e segurança em afirmar isso e dizer que tudo o que o sindicato fez, o que faz, o que consegue fazer, é para todos os seus associados e associadas, trabalhadores da categoria, algo muito representativo. Temos preocupação, porque não sabemos qual será o futuro do movimento sindical. Houve muitas tentativas e ainda há, de aniquilar os sindicatos, mas a gente precisa ter isso claro, que enquanto tiver trabalhadores e categorias organizadas, haverá sindicato. Mesmo que muitos não queiram, que existam grupos no nosso país que querem acabar com os sindicatos, enquanto houver trabalhadores, haverá sindicato. É extremamente relevante deixarmos claro aos trabalhadores da importância de estarem unidos enquanto categoria, da importância de lutarem juntos, porque tudo o que foi conquistado ao longo de séculos, não foi dado de graça. Houve muita luta, muita resistência por parte da classe trabalhadora na história do mundo e também do Brasil e isso não pode ser esquecido, não podemos deixar esta história morrer”, reforça.